Casos de catapora são mais comuns em agosto e setembro; veja onde tomar vacina no DF
Doença costuma se manifestar no fim de inverno e início da primavera. Em 2020 houve 96 registros na capital; infecção geralmente acomete crianças.
Por G1 DF
Melhor maneira de prevenir a catapora e outras doenças, é manter a caderneta de vacinação atualizada — Foto: Geovana Albuquerque/ Secretaria de Saúde
A Secretaria de Saúde alerta a população do Distrito Federal sobre a importância de manter a caderneta de vacinação em dia, principalmente a de crianças. A catapora – também conhecida como varicela – é uma das doenças infecciosas e preveníveis que costumam se manifestar com mais frequência nos meses de agosto e setembro.
Em 2020, segundo a pasta, foram notificados 96 casos da doença no DF, transmitida pelo vírus varicella-zoster. A catapora geralmente é benigna e se dissemina muitas vezes no período do final do inverno e começo da primavera. Segundo especialistas, as mudanças de estação são propícias para a proliferação de vírus.
De acordo com a enfermeira da área técnica de imunização da Secretaria de Saúde, Fernanda Ledes, as salas de vacinação “estão funcionando normalmente” durante a pandemia. A maioria dos postos atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h30; e aos sábados, de 8h às 11h30.
“As pessoas devem procurar as salas para atualizar a situação vacinal. Principalmente com a retomada das atividades, em que muitas doenças podem voltar a circular, caso as pessoas não estejam adequadamente vacinadas”, afirma.
A vacina contra catapora segue o seguinte esquema:
- 1ª dose aos 15 meses de idade (tríplice viral + varicela monovalente, ou tetra viral, quando disponível)
- 2ª dose é varicela monovalente, aos quatro anos de idade.
As crianças podem receber a vacina varicela monovalente até os seis anos, 11 meses e 29 dias (menores de 7 anos). Já os adultos que tenham dúvida sobre a imunização podem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima, de preferência com todos os cartões vacinais em mãos.
Sintomas
Crianças tem febre, dor de cabeça e alergia no corpo. Uma delas foi diagnosticada com catapora. — Foto: Ive Rylo
A principal característica clínica da catapora são lesões na pele de diversas formas: máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas, acompanhadas de coceira. Os sintomas costumam ser mais intenss em adultos e adolescentes.
Os sintomas, em geral, começam entre 10 e 21 dias após o contato com alguém que esteja com a doença. As bolhas surgem inicialmente na face, no tronco ou no couro cabeludo, que se espalham e se transformam em pequenas vesículas cheias de um líquido claro.
Em poucos dias o líquido escurece e as bolhas começam a secar e cicatrizam. Este processo causa muita coceira, que pode infeccionar as lesões devido a bactérias das unhas ou de objetos utilizados para coçar.
Segundo a médica e responsável pela área técnica das Doenças Exantemáticas da Secretaria de Saúde, Marília Higino, a catapora é facilmente transmitida para outras pessoas.
“O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha na pele ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus, ou seja, contato direto ou de secreções respiratórias.”
Vacinação contra catapora faz parte do calendário anual — Foto: Maria Lima/G1 Para evitar o contágio, é necessário restringir a criança ou adulto com catapora de locais públicos até que todas as lesões de pele estejam cicatrizadas. O que ocorre, em média, em um período de duas semanas. “Mãos, vestimentas e roupas de cama, além de outros objetos que possam estar contaminados, devem passar por higienização rigorosa”, ressalta Marília Higino. As principais complicações da catapora, nos casos severos ou tratados inadequadamente, são: A encefalite é uma inflamação aguda no sistema nervoso central, que provoca a inflamação do cérebro. Se não for tratada, pode ser fatal. Afeta principalmente bebês, crianças e adultos com o sistema imunológico comprometido. As principais medidas de prevenção e controle da catapora (varicela) são: Leia mais notícias sobre a região no G1 DF.Complicações